NEBLINA

AQUELE NOSSO PRIMIERO BEIJO

Aquele nosso primeiro beijo foi à tentativa de milhares de outros beijos niquelados por risadas, atravessados de vontade, subcutâneo entre cores, tímido e destemidos por provações entre olhos lindos verdes e castanhos forjaram-se na urgência filosófica e até biológica.

Minhas mãos imantadas perpassam pela sua pele macia numa geografia de curvas onde a temperatura vinculada ao toque marcante, docilical e atraente se faz sem prazo e com dignidade fílmica.  

Seus olhos fecham-se quando sua face movimenta-se por proximidade colidindo nas cartilagens olfativas e num espiral descontinuo e desmedindo no côncavo do rosto escorregando-se até a descida íngreme do pescoço.

Os seus fios de cabelos como filiformes elementos são imediatamente admirados por mim com olhos fitados e hipnotizados fixando-se em sua silhueta.

Os corpos com brandura atem-se de lado para outro e na digressão, torna possível um novo toque. 

Forma-se uma condição alquímica geradora de felicidade e medo brindando-se em acidentes criativos nunca ocorridos antes.

 

Nova Arte Plástica