NEBLINA

OBRAS EM QUESTÃO.

Desde 1987 que me remeto as Artes com intimidade sem saber o porquê disso. Ficava olhando Quadros em hall de prédios. Obras nas casas de amigos. Ilustrações diversas. Ouvia uma música e doentiamente ela tocava em mim por dias. Quadrinhos comunicavam a força de uma ironia a ponto de acreditar que seria o cartunista um intelectual que resolveu desenhar como criança. A escrita veio mais tarde através da Critica de Arte que me empenhei por 30 anos do zero. Isso numa atmosfera que não existe curso, orientação para tal e o que existe; são feitos de elegantes nos lugares das Artes exaltavam-se diante das Obras em questão. Mas nada assim foi feito na condição competitiva, saiba!

Não sei e nem quero saber dos porquês destes arroubos egoicos e fantasiosos em mim. Estes feitos, derivados das Artes são refinadíssimos dentro de inocentes inocentes. Aguçadamente propositais na existência humana dado como algo que pelo menos tenta diante do tempo, uma fissura. Um sistema que dentro dos seus ditames lingüísticos, redesenha-se desde o abecedário à forma e conteúdo numa outra re-linguagem que em sí até finda-se sem receber algum como produções formuladas por Séculos, (vide 1917 com Duchamp, o absurdo de sua Obra: Fonte). Logo, não é nem sistema, nem linguagem. É somente uma pequena palavra “login”; Arte. Mais a diante veio o Cinema, Rádio (rádio difusão), Internet (Inteligências postiças), séries e sei lá mais o que.E agora? Agora é dançar, sentir, experimentar, rir pra caramba, através de produtos que pressupõem algo artístico e esnoba –se de dor. E por fim! A Arte torna-se numa atmosfera violentamente empolgante e até destituída das seriedades num vício sem fim dada na Moda e como moda, já na turma da rua ouvindo, falando e se entupindo com estilos misturados. Confluências sem controle.

Mas como bases ainda estão preservadas; a comedia e a tragédia vivem através do teatro numa vida teatral com gestos na forma de esculturas nas plataformas dos ramais de trens, metrôs. O mundo agora e culpado de tudo e não queira mais entendre. Entender os “porquês”. Isso me remete a Arte.Pois ela não quer entender e nem se fazer sentido. Existe como algumas estrelas que estoura e num buraco negro, faz surgir outras supernovas. Porque das Artes?


Resposta: Escrever para vcs na busca de ampliação da dúvida e dívida destes;
porquês.